Valor Econômico- Manifesto de economistas pró-Lula pede fim do teto e revisão da política de preços de combustíveis

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“Intitulado Movimento dos economistas pela democracia e contra a barbárie, o documento foi lançado hoje com 1.142 assinaturas e segue aberto a novas adesões”

Foto- Ricardo Sturckert

O jornal Valor Econômico, especializado em finanças e economia, repercutiu para seus leitores no início da noite dessa terça-feira, 14 de junho, a publicação do Manifesto do Movimento dos economistas pela democracia e conta a barbárie. O jornal destacou que o manifesto do grupo de mais de mil economistas críticos à gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL) declara apoio à eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já no primeiro turno e apresenta uma série de propostas para um novo governo.

Segue a matéria

*Manifesto de economistas pró-Lula pede fim do teto e revisão da política de preços de combustíveis*

Ricardo Mendonça

De São Paulo  

Um grupo de mais de mil economistas críticos à gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL) lançou um manifesto de apoio à eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no primeiro turno e propostas para um novo governo.  

Entre outras coisas, pedem fim do teto de gastos, revisão da política de paridade internacional no preço do combustível e promoção de reformas trabalhista e tributária. 

Intitulado “Movimento dos economistas pela democracia e conta a barbárie”, o documento foi lançado hoje com 1.142 assinaturas e segue aberto a novas adesões. 

Entre os signatários estão o ex-ministro Luiz Carlos Bresser-Pereira, o professor Luiz Gonzaga Belluzzo, o diretor do Center for Macroeconomics and Development em Washington, Otaviano Canuto, e ex-diretor-executivo no Fundo Monetário Internacional (FMI) Paulo Nogueira Batista Júnior. 

“O Brasil está mergulhado em uma crise profunda, com múltiplas dimensões”, diz o manifesto já nas primeiras linhas. “Na economia, trata-se de uma estagnação sem precedentes em nossa história, um inegável retrocesso.” 

Conforme o texto, o governo Bolsonaro “implantou um projeto autodestrutivo, que aprofundou a regressão de nossa estrutura produtiva, privilegiou ainda mais o rentismo e os grandes interesses financeiros e nos levou às portas da barbárie”. 

Os signatários denunciam o enfraquecimento das instituições a falam em ameaças aos pilares do Estado Democrático de Direito. Acusam Bolsonaro de tentar viabilizar um golpe de Estado ao intimidar o Supremo Tribunal Federal (STF) e acenar com a possibilidade de questionar os resultados das eleições deste ano. 

Na crítica econômica, reclamam, entre outras coisas, do abandono da política de valorização do salário mínimo, do aumento da informalidade no mercado de trabalho, da desregulamentação das atividades econômicas, de privatizações, do enfraquecimento de bancos públicos e da redução dos direitos de trabalhadores. 

“Defendemos que um novo governo democraticamente eleito tem que se pautar por reformas que ampliem e garantam direitos sociais, ambientais e trabalhistas”, dizem.  

Os signatários afirmam na sequência que esperam a extinção do teto de gastos com criação de uma nova regra fiscal; uma revisão das reformas trabalhista e previdenciária; revisão da política de paridade de preços internacionais dos combustíveis; retomada da política de valorização do salário mínimo e fortalecimento do BNDES e dos bancos públicos. 

Em trecho dedicado à reforma tributária, pedem por mudanças que permitam aumento da progressividade; revisão da “pejotização”; aumento da tributação sobre a propriedade; redução da carga sobre o consumo dos mais pobres e equidade horizontal entre os setores, “reduzindo a carga tributária sobre a indústria de transformação e aumentando a carga tributária sobre o agronegócio e o setor de serviços”. 

A manifestação de apoio a Lula aparece no último parágrafo. “Nós, economistas, que subscrevemos este manifesto, temos clareza de que o retorno do Brasil a uma trajetória de progresso civilizatório passa, necessariamente, pela eleição da chapa Lula-Alckmin no primeiro turno das eleições gerais”, conclui.

A matéria foi publicada originalmente em Manifesto de economistas pró-Lula pede fim do teto e revisão da política de preços de combustíveis

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