Dilma Rousseff segue no comando do Banco do Brics: reafirmação do papel do Sul Global
25 de março de 2025
imagem: ABED
A economista e ex-presidente Dilma Rousseff foi reeleita para mais um mandato à frente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), conhecido como Banco do Brics. A indicação veio da Rússia e contou com a articulação do presidente Lula, fortalecendo a presença brasileira e latino-americana no comando da instituição financeira sediada em Xangai. A informação foi divulgada pelo UOL no último domingo (23).
Desde que assumiu o NDB, Dilma tem enfatizado a importância do banco para o financiamento de projetos sustentáveis e o fortalecimento da cooperação entre países emergentes. Sua reeleição reafirma o protagonismo do Brasil e de outras economias em desenvolvimento na construção de um sistema financeiro mais equilibrado e menos dependente de instituições tradicionais controladas pelo Norte Global.
A gestão de Dilma no NDB tem sido alvo de críticas, como apontado em uma reportagem da Folha de S. Paulo, mencionada na matéria do UOL, que questionou o andamento das metas e relatou denúncias de assédio moral dentro da instituição. Dilma rejeitou os questionamentos e relembrou episódios anteriores de ataques à sua reputação, reafirmando seu compromisso com a governança do banco.
Além de rebater as críticas, a ex-presidente destacou a superação de dificuldades enfrentadas pela instituição no passado. Segundo Dilma, houve um período em que o NDB ficou 16 meses sem contratar novos empréstimos, o que comprometeu sua atuação. Sob sua gestão, afirmou, o banco realizou 40 operações no mercado e retomou sua capacidade de financiamento.
A reeleição de Dilma Rousseff fortalece a posição do Brasil dentro do Brics e reafirma a importância do bloco na arquitetura financeira global. Em um cenário internacional marcado por tensões geopolíticas e disputas comerciais, a continuidade de sua gestão representa um reforço na estratégia de financiamento para o desenvolvimento e na busca por alternativas às instituições tradicionais de crédito.
A Associação Brasileira de Economistas pela Democracia acompanha de perto os desdobramentos dessa reeleição e segue defendendo um sistema financeiro internacional mais inclusivo, que leve em conta as necessidades das economias emergentes e dos países do Sul Global.

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