Reindustrialização brasileira não caiu do céu e é fruto de trabalho árduo do governo Lula
Foto: Ricardo Stuckert / PR
texto: Brasil 247
BNDES voltou com força total, política industrial deixou de ser palavrão e é preciso evitar retrocessos.
A reindustrialização do Brasil, após anos de desmonte e abandono das políticas públicas voltadas ao setor produtivo, não é obra do acaso. O salto da indústria brasileira de transformação do 70º lugar, em 2022, para a 25ª posição no ranking global de desempenho industrial da Unido, em 2024, é resultado direto de uma nova estratégia nacional liderada pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Trata-se de uma virada histórica que recoloca a política industrial no centro do projeto de desenvolvimento econômico brasileiro.
A retomada de uma política industrial ativa, robusta e moderna tem nome: Nova Indústria Brasil (NIB). Lançado com metas claras, prioridades tecnológicas e instrumentos articulados, o plano representa o retorno do Estado como indutor do desenvolvimento, algo que havia sido negligenciado nas gestões anteriores. A NIB, coordenada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), sob o comando do vice-presidente Geraldo Alckmin e do secretário Uallace Moreira, promove uma reorientação estratégica baseada em inovação, sustentabilidade e soberania tecnológica.
Uallace Moreira tem sido incisivo ao afirmar que o novo desempenho industrial não é fruto do acaso, mas sim de uma política “bem construída”. Com essa atuação, o governo mostra que a reindustrialização brasileira é uma escolha deliberada e bem estruturada – e não um fenômeno espontâneo.
O BNDES volta a ser protagonista
Outro pilar essencial da retomada industrial é a atuação vigorosa do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que voltou a cumprir sua função histórica de fomentar investimentos produtivos. Sob a presidência de Aloizio Mercadante, o banco tem canalizado recursos para setores estratégicos, rompendo com o ciclo de retração vivido nos últimos anos.
A reativação do crédito direcionado e o apoio a projetos de infraestrutura e à neoindustrialização sustentável dão novo fôlego ao setor, fortalecendo a capacidade produtiva nacional e gerando empregos de qualidade. A atuação do BNDES mostra que o Brasil voltou a acreditar no seu próprio potencial produtivo.
O avanço de 3,2% da indústria de transformação em 2024, superando a média mundial de 2,3%, é uma prova concreta de que a política industrial está dando frutos. Medidas como a quitação de precatórios, o relançamento do programa Minha Casa, Minha Vida e a instituição de um novo arcabouço fiscal, que garantiu um piso para investimentos públicos, também ajudaram a impulsionar a atividade econômica.
No entanto, a recuperação ainda é frágil. O último trimestre de 2024 apresentou uma leve queda de 0,1% na produção industrial, ao passo que o crescimento global acelerou. Para 2025, as projeções são mais modestas, com expectativa de alta de apenas 1,6%. O cenário internacional também impõe incertezas, como o aumento de tarifas nos Estados Unidos, que pode levar ao desvio de exportações de países asiáticos para o Brasil, intensificando a concorrência no mercado interno.
O Brasil precisa almejar mais
Apesar dos avanços, o Brasil ainda está muito aquém do seu verdadeiro potencial. Uma nação com a dimensão territorial, populacional e de recursos naturais do Brasil não pode se contentar com a 25ª colocação no ranking da indústria de transformação. É preciso estabelecer como meta estar, pelo menos, entre as dez maiores potências industriais do planeta.
Esse objetivo exige persistência na estratégia, estabilidade macroeconômica, inovação tecnológica, formação de mão de obra e aprofundamento da integração entre Estado e setor produtivo. Mas, acima de tudo, exige um governo comprometido com o desenvolvimento – como é o do presidente Lula.
A reindustrialização brasileira, portanto, não caiu do céu. É fruto de um governo que acredita no Brasil, que aposta na indústria como motor do desenvolvimento e que trabalha incansavelmente para devolver ao país seu protagonismo econômico. O caminho é longo, mas a direção está correta. Que não haja retrocessos.
publicação original: