O aumento foi de 0,5 ponto percentual (p.p.). Entre agosto do ano passado e maio deste ano, a taxa teve seis cortes de 0,5 p.p. e um corte de 0,25 p.p. Em junho e julho, a taxa se manteve em 10,5% ao ano, e a partir de setembro começou a aumentar.
"O Comitê reafirma que uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida, com a apresentação e execução de medidas estruturais para o orçamento fiscal, contribuirá para a ancoragem das expectativas de inflação e para a redução dos prêmios de risco dos ativos financeiros, consequentemente impactando a política monetária", divulgou o Copom sobre a decisão.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro, que será divulgado nesta sexta-feira (8), acumula alta de 4,42% em 12 meses.
O Copom prevê que o IPCA chegará a 4,6% em 2024, acima do teto da meta de 3% fixado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), com margem de tolerância de 1,5 p.p. O IPCA, portanto, não pode superar 4,5% nem ficar abaixo de 1,5% neste ano.
Para 2025, a autoridade monetária prevê 3,9%. No acumulado em 12 meses no fim do primeiro trimestre em 2026, a estimativa é de 3,6%.
No último Relatório de Inflação, divulgado no fim de setembro pelo Banco Central, a autoridade monetária
havia elevado para 4,31% a
previsão do IPCA para 2024, mas a estimativa pode subir ainda mais
devido à alta do dólar e ao impacto da seca prolongada sobre os preços. O próximo relatório será divulgado no
fim de dezembro.
A Selic, Sistema Especial de Liquidação e de Custódia, é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo IPCA, a inflação oficial. Com o aumento da taxa, os juros dos créditos ficam mais caros, estimulando a poupança e
desestimulando o consumo, mas também a produção, o que
dificulta o crescimento econômico.
A projeção de crescimento da economia em 2024 pelo BC é de 3,2%. O número foi revisado após a previsão de crescimento de 3,1% do produto interno bruto (PIB) do país em 2024.
publicação original :