Associação Brasileira de Economistas pela Democracia

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Brasil e Chile assinam 19 acordos que podem melhorar a qualidade do comércio

Brasil e Chile firmaram recentemente 19 acordos bilaterais com o objetivo de fortalecer e expandir a qualidade do comércio entre os dois países. Esses acordos abrangem uma ampla gama de áreas, incluindo comércio, turismo, transporte, energia e sustentabilidade, visando facilitar o fluxo comercial e incentivar investimentos mútuos. Um dos principais objetivos é eliminar barreiras técnicas e sanitárias que dificultam as exportações, além de promover a integração logística através do Corredor Bioceânico, que conectará o Centro-Oeste brasileiro aos portos do Norte do Chile.
Atualmente, o Brasil é o terceiro maior parceiro comercial do Chile, com um intercâmbio anual de aproximadamente US$ 12,3 bilhões. O Chile exporta principalmente cobre, pescados e minérios para o Brasil, enquanto o Brasil é um importante fornecedor de petróleo, carne bovina e automóveis. Espera-se que os novos acordos permitam um aumento significativo nas exportações brasileiras de automóveis e outros produtos. Além disso, o Brasil é o maior investidor latino-americano no Chile, com investimentos em setores como energia, serviços financeiros e alimentos, totalizando mais de US$ 4,5 bilhões.
Um aspecto importante dos novos acordos é o foco na sustentabilidade e no turismo. Foi assinado um plano de ação para implementar o acordo de turismo entre os dois países, que inclui iniciativas para facilitar o fluxo turístico, intercâmbio de informações e treinamento técnico. Adicionalmente, o reconhecimento recíproco de carteiras de habilitação entre Brasil e Chile foi estabelecido, simplificando a mobilidade de motoristas entre os países. A inclusão de novas categorias de produtos no memorando de certificação de orgânicos também foi acordada, promovendo um comércio mais inclusivo e sustentável.
Os acordos refletem um esforço contínuo de integração entre os países da América do Sul, reforçando a colaboração no âmbito do Mercosul. Além das medidas comerciais, os países se comprometeram a não enfraquecer suas legislações ambientais para beneficiar o comércio, reconhecendo a importância da contribuição dos povos indígenas e comunidades tradicionais para o desenvolvimento sustentável. A ratificação completa desses acordos depende agora da aprovação dos demais membros do Mercosul, como Argentina, Uruguai e Paraguai.
Para mais detalhes sobre os acordos assinados entre Brasil e Chile, acesse a notícia completa aqui.